Aulas, totalmente gratuitas, serão realizadas no campus I da Fundação Educacional de São Carlos
SÃO CARLOS/SP - Organizado pela Associação São-carlense de Atletismo (ASA), começa nesta quarta-feira, 28, o Atletismo para Crianças com Transtornos do Espectro Autista (TEA). As atividades, totalmente gratuitas, serão realizadas no campus I da Fundação Educacional de São Carlos
(Fesc).
As aulas serão sempre às segundas-feiras e quartas-feiras, das 17h às 18h05 e são dirigidas para crianças a partir dos 4 anos com TEA, deficiências intelectual, visual e física, com Síndrome de Down, ou até mesmo sem deficiências.
“O atletismo é uma atividade física que oferece inúmeros benefícios para pessoas com autismo, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional. A prática regular pode melhorar a coordenação motora, a interação social, a concentração, e até mesmo reduzir comportamentos repetitivos e autoestimulantes, além de promover a autonomia, a independência e o protagonismo”, disse o coordenador da ASA, Altair Maradona Pereira.
Segundo ele, o Atletismo para crianças com TEA chega ao seu terceiro ano e estão abertas vagas para 50 crianças. “Mas se for necessário, vamos abrir outra turma, podendo chegar a 75 crianças”, disse. “As atividades são todas gratuitas”, reforçou, salientando que o projeto tem o apoio da Prefeitura municipal de São Carlos, Secretaria Municipal de Esportes e Cultura, Secretaria da Pessoa com Deficiência e para o Desporto, Departamentos de Convênios e Fesc.
SÃO CARLOS/SP - O vereador Bruno Zancheta (REPUBLICANOS), presidente da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Câmara Municipal de São Carlos, realizou nesta semana uma visita técnica ao Centro TEA (Transtorno do Espectro Autista) em São Paulo — o primeiro da América Latina voltado exclusivamente para o atendimento de pessoas com TEA. A visita foi realizada em parceria com a vereadora Paulistana Amanda Vetorazzo.
O Centro TEA, com mais de cinco mil metros em área construída, é um espaço pioneiro que reúne, em um só local, atendimento especializado, apoio às famílias e políticas públicas direcionadas à população autista. Inaugurado pela Prefeitura de São Paulo no Dia Mundial de Conscientização do Autismo, o centro representa um avanço no cuidado e na inclusão das pessoas com TEA.
Durante a visita, Bruno Zancheta destacou a importância da iniciativa e reforçou seu compromisso pela implantação de um modelo semelhante em São Carlos. “O Centro TEA é um exemplo de política pública eficaz e humanizada. Ver de perto esse espaço, que realiza mais de 10 mil atendimentos por mês, entender seu funcionamento e dialogar com profissionais e gestores nos dá ainda mais força e embasamento para buscar algo assim em nossa cidade. São Carlos precisa e merece um centro especializado como esse.”, afirmou o parlamentar.
Ele destacou que este trabalho vem sendo realizado pela Câmara Municipal. "Quero destacar o trabalho dos Vereadores Bira e Paulo Vieira (membros da Comissão da Pessoa com Deficiência) e dos Vereadores Dé Alvim, Fábio Zanchin e Thiago de Jesus que tem também atuado nesse sentido. Destaco também o empenho do Presidente da Câmara, Lucão Fernandes. Essa união de parlamentares, reforça o compromisso do legislativo com essa pauta".
O parlamentar também agradeceu à vereadora Amanda Vetorazzo pela recepção e parceria. “Quero expressar minha gratidão à vereadora Amanda Vetorazzo por unir forças com nosso mandato e por compartilhar conosco esse trabalho. A união entre os mandatos fortalece a nossa luta por mais inclusão e respeito às pessoas com deficiência”, completou.
Como presidente da Comissão PCD no Legislativo são-carlense, Zancheta tem atuado constantemente em defesa de políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência, buscando sempre promover ibilidade, dignidade e oportunidades para todos.
SÃO CARLOS/SP - O vereador Lineu Navarro protocolou na quarta-feira (2), Dia Mundial de Conscientização do Autismo, o projeto de lei “Cinema Inclusivo”, que dispõe sobre a realização mensal de sessão de cinema adaptada às crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Síndrome de Down ou outras síndromes, transtornos ou doenças que acarretem hipersensibilidade sensorial.
Nas sessões do "Cinema Inclusivo" não poderão ser exibidos trailers e publicidades comerciais, as luzes devem estar levemente acesas e o volume de som adequadamente reduzido; não deve haver vedação à livre circulação pelo interior da sala, nem à entrada e saída da sessão, bem como não devem se formar filas para a entrada.
“Para uma pessoa com TEA, a necessidade de permanecer sentada por longo tempo faz com que a ida ao cinema, ao teatro e a espetáculos de dança seja uma tarefa difícil. Além disso, o escuro e o som alto também podem incomodar quem tem autismo e outros transtornos, por isso são necessárias essas exigências,” destacou o vereador e autor do projeto.
O parlamentar destacou ainda que também existem dificuldades de interação social, de concentração, maior sensibilidade auditiva e visual e a hiperatividade, fatores que reforçam a possibilidade do Cinema Inclusivo ser um momento efetivo de inclusão social destas crianças e jovens num espaço de cultura e lazer, lhes trazendo mais alegria e prazer.
“Muitas famílias de pessoas com TEA, Síndrome de Down e outras síndromes deixam de ter convívio social ativo por receio de algum conflito e desconforto ao seu familiar. No Cinema Inclusivo estas situações não serão permitidas e assim poderemos garantir o o ao cinema e à cultura como um direito de todos”, enfatizou Lineu.
A sessão inclusiva poderá ser ofertada igualmente ao público em geral no intuito de promover uma verdadeira inclusão e interação social, e deverá ser oferecida com igualdade de preços ao ordinariamente praticado, considerando os direitos de meias-entradas já determinados por lei, mas os cinemas também poderão organizar sessões totalmente gratuitas para este público. Caberá ao Poder Público e aos cinemas dar ampla divulgação das sessões do Cinema Inclusivo às escolas e às entidades.
Segundo especialistas, o cinema pode contribuir para o desenvolvimento da fala das pessoas com TEA, por exemplo. Ele também pode ajudá-las na capacidade de ler expressões corporais e faciais e ainda pode melhorar a forma como elas processam suas emoções e sentimentos.
Como os autistas e pessoas com TEA têm grande capacidade visual e pensam em imagens, o cinema ainda pode ser um aliado no processamento de memórias e no registro de imagens e informações visuais.
Esta lei já é realidade em muitos municípios, como em Araraquara, e aqui em São Carlos, esta sessão especial tem sido realizada dentro das comemorações do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, que foi incluído no calendário oficial de eventos municipais com a Lei N. 16.069, também de autoria do vereador Lineu Navarro.
Pesquisa na área de Psicologia convida voluntários para responderem questionário online
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa na área da Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está buscando compreender e comparar a percepção da autoestima em indivíduos que receberam o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). O objetivo é realizar uma análise comparativa entre aqueles que receberam o diagnóstico na infância e aqueles que o receberam na idade adulta.
O estudo, intitulado "Percepção da Autoestima em Indivíduos com TEA ou TDAH: uma análise comparativa entre o recebimento do diagnóstico na infância e na idade adulta", é desenvolvido por Lorena Mayrink e Sofia Lodi, estudantes do curso de Psicologia da UFSCar, e tem orientação da professora do Departamento de Psicologia (DPsi), Camila Domeniconi.
A American Psychiatric Association, citada pelas pesquisadoras, indica que o TEA e o TDAH são transtornos do desenvolvimento, isto é, são alterações neurológicas que ocorreram nos primórdios do desenvolvimento, que impactam diferentes habilidades e funções de uma pessoa. O TEA é caracterizado por problemas na comunicação, interação social, sensibilidades sensoriais, interesse focado e estereotipias; já o TDAH possui como sintomas a dificuldade em manter a atenção, completar atividades, permanecer sentado, entre outros.
Segundo as estudantes de Psicologia da UFSCar, um estudo na área apontou que "o diagnóstico na infância pode colaborar para que o indivíduo aceite melhor a sua condição, bem como construa e desenvolva uma identidade mais sólida, quando comparado a indivíduos que receberam o diagnóstico na idade adulta, os quais, na maioria das vezes, tiveram dificuldades para aceitar o transtorno".
Como participar
Para participar, é necessário ter, no mínimo, 18 anos, e ter recebido o diagnóstico de TEA ou TDAH antes dos 12 anos ou depois dos 18 anos. Interessados devem preencher o formulário online disponível em https://bit.ly/3GOzogj; o tempo estimado de resposta é de aproximadamente 20 minutos. A participação, totalmente anônima, "é de muita importância para ampliarmos o entendimento sobre o diagnóstico e os impactos dele na vida dos indivíduos", destacam as estudantes.
Dúvidas podem ser esclarecidas com as pesquisadoras por WhatsApp - (16) 99752-3004 (Lorena) e (16) 99768-0005 (Sofia) - ou pelos e-mails lorenamayrink@estudante.
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de doutorado em Fisioterapia da UFSCar está convidando pais ou responsáveis por crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) de todo o Brasil para participarem de estudo que pretende avaliar a participação e os fatores ambientais desse público. A participação é online e a expectativa é levantar como essas crianças e adolescentes se integram em atividades da família, escola e comunidade e os fatores que podem facilitar ou prejudicar essa participação.
A pesquisa é conduzida pela doutoranda Rosa Fonseca Angulo, sob orientação de Nelci Adriana Cicuto Ferreira Rocha, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar e coordenadora do Laboratório de Análise do Desenvolvimento Infantil (Ladin) do DFisio.
Rosa Fonseca explica que a participação é conhecida como a frequência com que a criança ou adolescente está presente em diferentes situações da vida (casa, escola e comunidade) e o quanto está envolvida/motivada. Nesse caso, os fatores ambientais que podem influenciar a participação são: físico (presença de rampas, qualidade do ambiente, como ruídos ou iluminação), atitudinais (atitudes individuais da família, como os pais, amigos, professores) e sociais (apoios e o relacionamento e os serviços que eles frequentam). "Assim, estes fatores podem atuar como barreiras, ou seja, restringir ou até impedir a participação da criança/adolescente no contexto onde convive ou podem atuar como facilitadores, auxiliando a participação da criança/adolescente com TEA", relata a doutoranda. Ela exemplifica situações cotidianas que podem impactar essa participação em diferentes locais: "quando a criança ou adolescente está na escola e não consegue ficar por muito tempo porque tem muito barulho, ou quando frequenta o supermercado com a mãe, o barulho ou a presença de muitas pessoas impedem a sua permanência ou seu envolvimento para interagir com outras pessoas".
De acordo com o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, uma em cada quatro crianças é diagnosticada com TEA. Os EUA são o único país que faz o acompanhamento do TEA no neurodesenvolvimento. No Brasil, os dados oficiais são de 2010 e indicam mais de 2 milhões de casos de TEA em território nacional. Diante desse grande contingente, este estudo é importante porque auxiliará o conhecimento sobre como crianças e adolescentes com o transtorno participam no contexto da casa, escola e na comunidade, bem como ajudará a identificar as barreiras e os facilitadores que se encontram no entorno da criança. "Isso permitirá que os profissionais que atendem esse público foquem em estratégias de intervenção voltadas a mudanças ambientais e que favoreçam o pleno desenvolvimento e qualidade de vida da população com TEA", reforça Rosa Angulo.
A pesquisadora expõe que a expectativa do estudo é identificar se os componentes relacionados com a saúde (fatores ambientais, habilidades funcionais e o processamento sensorial) são preditores da participação em crianças e adolescentes com TEA. "Assim, conseguiremos identificar um perfil de funcionalidade de crianças e adolescentes com o transtorno e estes resultados ajudarão os profissionais de saúde e familiares a desenvolverem estratégias de intervenção e adaptações do ambiente que ajudem a melhorar a participação da criança e adolescentes com TEA", pontua.
Rosa Angulo destaca que este é o "primeiro estudo que realizará uma relação entre a participação e os componentes relacionados com a saúde, no contexto do TEA". Além disso, dados relacionados com a participação e os fatores ambientais serão comparados entre um grupo de crianças e adolescentes residentes no Brasil e na Colômbia.
Pesquisa
Para desenvolver o estudo, pais ou responsáveis por crianças e adolescentes com TEA, de qualquer região do Brasil, são convidados a responder questionários online e conceder entrevistas por telefone, que serão agendadas conforme disponibilidade de cada participante. As pessoas interessadas em contribuir com a pesquisa podem fazer contato com a pesquisadora pelo whatsapp (13) 99699-4545. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 66697223.4.0000.5504).
Estudo na área de Educação Especial convida voluntários para responderem questionário
SÃO CARLOS/SP - Os diagnósticos e laudos de crianças com transtorno do espectro autista (TEA) são feitos, prioritariamente, por médicos. A fim de compreender como acontece o procedimento diagnóstico dessas crianças, um estudo na área de Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está convidando médicos para responderem a um questionário online. O estudo busca também verificar se, com as mudanças nos manuais e os avanços na área do autismo, esses processos diagnósticos foram aprimorados.
"O TEA está relacionado ao desenvolvimento neurológico", explica Bruna Bianchi, aluna de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial (PPGEEs) da UFSCar e responsável pela pesquisa. "A caracterização desse transtorno é feita pelos sinais e sintomas apresentados pela pessoa, que compreendem dificuldade em se comunicar, dificuldade de interação social e por interesses ou movimentos repetidos realizados pela pessoa", completa.
Em seu trabalho com crianças com autismo no Laboratório de Interação Social (LIS) da UFSCar, a mestranda tem constatado o aumento do número de crianças com TEA, fenômeno que também vem ocorrendo em muitos países. Esse aumento se deve, de acordo com Bianchi, a fatores como maior número de médicos especializados, maior divulgação do transtorno para a sociedade, além da realização de mais pesquisas investigando as causas e características do autismo e das mudanças de definição no Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
Para investigar como os diagnósticos de crianças com TEA são feitos, a mestranda está convidando médicos com especialização em pediatria, neurologia e/ou neuropediatria, que atuam no interior do estado de São Paulo, para responderem a um questionário online. Composto em sua maioria por perguntas de múltipla escolha, o questionário leva cerca de 30 minutos para ser respondido.
Os interessados em participar devem entrar em contato com a pesquisadora Bruna Bianchi pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo celular (16) 99254-8384 (com WhatsApp), a partir dos quais serão enviados os links de o ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e para o questionário. Mais informações podem ser solicitadas diretamente com a pesquisadora.
O trabalho, intitulado "Diagnóstico de TEA: descrição da prática de médicos do interior paulista", tem orientação da professora Maria Stella Alcantara Gil e coorientação da professora Ana Lúcia Rossito Aiello, ambas do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar. O projeto conta com apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 40040920.9.0000.5504).
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